Percepção de que preços de imóveis estão altos ou muito altos avança no 4º tri
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Percepção de que preços de imóveis estão altos ou muito altos avança no 4º tri

22 fev 2022
Redação Imobi
Redação Imobi
4 min
Percepção de que preços de imóveis estão altos ou muito altos avança no 4º tri

A pesquisa Raio-X FipeZAP+ do 4º trimestre de 2021 oferece dados inéditos a respeito da percepção e do comportamento dos agentes do mercado imobiliário, incluindo informações sobre compras realizadas e intenção de compra; participação de investidores entre os compradores; incidência e percentual de descontos negociados sobre o valor anunciado; percepção e expectativas com respeito ao nível e trajetória dos preços dos imóveis no curto e longo prazos, entre outros tópicos de interesse. 

preços de imóveis

A seguir, são apresentados os destaques desta edição, elaborada a partir da participação de 2.360 respondentes entre os dias 19 janeiro e 10 de fevereiro de 2022:

Participação de compradores: a participação de compradores – isto é, respondentes que declararam ter adquirido imóvel nos últimos 12 meses – declinou marginalmente entre o 3º trimestre e o 4º trimestre de 2021, representando 13% da amostra, patamar superior ao registrado em 2020 (10%). Em relação ao tipo do imóvel adquirido, a preferência por imóveis usados prevaleceu (66%) em relação a imóveis novos. Entre os objetivos, a proporção que citou a finalidade “moradia” recuou de 65% para 58% da amostra, em contraste ao avanço no objetivo “investimento” (de 35% para 42%). Considerando aqueles que citaram o objetivo “moradia”, a opção “morar com alguém” foi mencionada por 67% dos compradores, ao passo que, entre aqueles classificados como investidores, prevaleceu a intenção de alugar o imóvel no mercado (66%). 

Intenção de compra: a proporção de respondentes que declarou intenção de adquirir imóveis nos próximos três meses permaneceu praticamente estável entre o 3º trimestre e o 4º trimestre de 2021, (em torno de 43%) – patamar inferior ao registrado ao final de 2020 (47%). Entre aqueles que declararam intenção de adquirir imóveis no futuro próximo, a maior parte dos respondentes declarou indiferença entre novos ou usados (49%) ou preferência estrita por imóveis usados (42%). Já em termos de objetivo, a maior parte dos compradores potenciais destacou a intenção de utilizar o imóvel pretendido para “moradia” (89%), superando o objetivo “investimento” (11%). 

Descontos nas transações: após declinar 6 pontos percentuais entre julho de 2020 (69%) e julho de 2021, (63%) o percentual de transações com desconto sobre o valor anunciado voltou a crescer no decorrer do segundo semestre de 2021, encerrando dezembro com uma incidência média de 66% sobre as transações realizadas nos últimos 12 meses – patamar ligeiramente superior à média histórica da pesquisa (64%). Considerando apenas as transações que envolveram alguma redução no valor anunciado, o percentual médio de desconto negociado entre compradores e vendedores se manteve estável nos últimos meses de 2021, na mínima histórica da pesquisa (9%). 

Percepção sobre os preços atuais: com respeito à percepção em relação aos preços atuais, apurou-se que a parcela de respondentes que classificavam os valores como “altos ou muito altos” avançou ao longo dos últimos anos, passando de 60%, no 4º trimestre de 2018, para 72%, no 4º trimestre de 2021 – o maior patamar apurado no último trimestre de cada ano no horizonte temporal coberto pela pesquisa. Em paralelo, o percentual de respondentes que creditam os preços atuais dos imóveis como “razoáveis” recuou de 25% para 19% no mesmo intervalo. Como resultado desse novo quadro, a percepção de que os preços estavam em “em um nível razoável” e níveis “baixos ou muito baixos” declinou no mesmo período, respondendo por 19% e 4% dos respondentes no último trimestre de 2021, respectivamente.

Expectativa de preço: em relação à expectativa de preços para os próximos 12 meses, a última pesquisa revela um crescimento expressivo do percentual de respondentes que projetam alta nominal no valor dos imóveis – de 29%, no 4º trimestre de 2020, para 38% da amostra, no 4º trimestre de 2021. No mesmo horizonte temporal, a participação de respondentes que partilham de uma expectativa de manutenção dos preços atuais recuou de 32% para 30%, comportamento espelhado pelo grupo de respondentes que apostam na queda para os preços dos imóveis (de 16% para 13% da amostra). Em termos de variação esperada, a maior alta nos preços foi projetada por compradores que adquiriram imóveis recentemente (+8,2%), seguida pela expectativa média informada pelos proprietários (+4,0%) e pela opinião dos compradores potenciais (+0,3%). Agregando a declaração de todos os respondentes, a expectativa média da amostra para os preços dos imóveis nos próximos 12 meses envolve uma alta nominal de 2,6% – resultado próximo ao percentual apurado no trimestre imediatamente anterior (+2,7%) e superior à expectativa média do 4º trimestre de 2020 (+0,5%).

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