[219] O corretor de imóveis precisa se manter relevante
Resumo
O destaque da semana é a taxa de apenas 40% de participação dos corretores de imóveis na venda de imóveis no Brasil. Confira.
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Nesta sequência de evoluções ininterruptas chamada mercado imobiliário, reinventar-se é preciso. Nos últimos anos, esta necessidade ficou clara com os avanços tecnológicos, quando a atuação das startups começou a provocar mudanças profundas e já teve gente ficando pelo caminho.
A trama ganha novos capítulos de maneira constante, o mais recente deles com o surgimento do ChatGPT. Visto como ameaça por uns, ele já se tornou um importante aliado para agentes mais atentos.
Mas voltando ao beabá, conta pra nós, corretor: como anda sua participação no fechamento de negócios? Um levantamento da startup israelense Propdo, que tem bases na Europa e EUA e chegou com força por aqui no ano passado, aponta que os corretores participam de apenas 40% das vendas de imóveis no Brasil. Segundo a Propdo, na Europa esse total gira entre 60% e 70%, enquanto nos Estados Unidos supera os 90%.
O levantamento cruza informações de diferentes fontes por meio de inteligência artificial. A metodologia da startup, focada em tecnologia e análise de dados imobiliários, atingiu precisão de 99,6% em alguns mercados. É certo que o cenário brasileiro conta com algumas particularidades, mas o resultado chama atenção.
Os negócios estão diminuindo ou são os agentes imobiliários que estão perdendo espaço para outras soluções, como a negociação direta? Há negócios demais girando em poucas mãos? Questionamentos podem ser levantados, mas não mudam a necessidade do corretor de imóveis reforçar sua importância no fechamento de negócios e realização de sonhos.
O que você vai fazer hoje para se manter relevante diante de sua carteira de clientes? Devorar informação (como esta edição do Imobi Report) é um ótimo começo.
Vendas e Locação
Caiu de novo. O IGP-M voltou a mostrar evolução negativa e fechou maio com retração de 1,84%. No acumulado de 12 meses, o índice está em -4,47%.
Resiliência na capital paulista. Vendas e lançamentos tiveram aumento em abril na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo o Secovi-SP. Os números mostram resiliência no mercado da cidade, contrariando o momento no restante do país. O VGV no período foi de R$ 3,15 bilhões, um crescimento de 7,6%.
E os apartamentos periféricos ajudaram a esquentar os negócios. Os altos preços do centro expandido e a disponibilidade de terrenos em locais mais afastados fizeram os negócios acelerarem nos bairros Vila Andrade, Tatuapé e Bela Vista. Os dados são de um levantamento da Loft repassado para a Folha.
Outra cidade que vem despontando é Vitória. Na capital capixaba, a venda de imóveis em obras ou em estoque das incorporadoras fechou o primeiro trimestre com recorde no Índice de Velocidade de Vendas, com resultado de 13,23%, contra 5,73% em igual período do ano passado.
Dobradinha promissora. A CredAluga, que se apresenta ao mercado como uma nova categoria de garantia de aluguel, assinou contrato de parceria com a Rede Apolar, responsável por uma das três maiores carteiras de locação do Sul do Brasil. Com mais de 100 imobiliárias parceiras, a CredAluga agora irá oferecer preferencialmente seu modelo de garantia nas mais de 60 unidades da Apolar.
No Imobi Aluguel desta semana, o tema é arbitragem. Nada a ver com futebol, mas sim com o meio alternativo de resolução de conflitos na esfera extrajudicial, que vem sendo usado com sucesso por muitas empresas do setor. Já no Imobi Vendas exploramos três estratégias inovadoras de comissionamento inteligente, aplicadas com o objetivo de gerar bom engajamento e retenção de corretores. Assine as séries do Imobi Premium por apenas R$ 96 por mês.
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Construção e Incorporação
Conheça a incorporadora que elevou o patamar do mercado de uma das regiões mais exigentes do país. No podcast Modo Avião desta semana, o diretor geral da Laguna, Gabriel Raad, descreve num papo com Rodrigo Werneck, CEO e estrategista-chefe da CUPOLA, o modelo de negócio e o posicionamento da construtora e incorporadora que assina empreendimentos cobiçados em Curitiba (PR). O trabalho de referência em sustentabilidade e design é outro tópico da conversa.
Construtoras e incorporadoras, assim como os clientes, valorizam a cada dia edifícios sustentáveis e práticas responsáveis com o meio ambiente, o que vem reinventando atitudes e prioridades. Na semana em que é lembrado o Dia Mundial do Meio Ambiente, o Imobi Report dá espaço para algumas iniciativas de destaque em sustentabilidade no mercado imobiliário brasileiro.
Voto de confiança para o MCMV. A comissão mista que discute a medida provisória do Minha Casa Minha Vida aprovou relatório favorável à proposta, prevendo a descentralização da operação do programa, atualmente concentrada na Caixa Econômica. O texto ainda precisa ser aprovado pelos plenários da Câmara e do Senado até 14 de junho para não perder a validade.
O setor da construção civil espera que os limites de preço dos imóveis enquadrados no MCMV sejam elevados durante a primeira reunião do Fundo Curador do FGTS sob o governo Lula, na segunda quinzena de junho, afirmaram representantes da indústria. Apesar dos valores terem sido elevados no ano passado, o setor segue reclamando que os aumentos de custos deixam o programa habitacional desatualizado.
Durante entrega de novos conjuntos habitacionais pelo MCMV, o ministro das Cidades, Jader Filho, destacou a importância de retomar o pacto federativo para dar força a programas como esse. Ele defende que sejam feitas parcerias não só com o orçamento geral da União, mas também com o FGTS, envolvendo os estados ou municípios e o governo federal.
Inclusão de eletrodomésticos no MCMV. Eduardo Vasconcelos, diretor de Relações Institucionais e Governamentais da Whirlpool para a América Latina, afirmou em comunicado que a medida terá um reflexo positivo na economia. A demanda por produtos de linha branca está no pior patamar dos últimos 10 anos, segundo dados divulgados pela Eletros.
A revisão do Plano Diretor Estratégico da cidade de São Paulo foi aprovada pela Câmara Municipal em primeira votação na última semana. Ao total, 42 vereadores foram favoráveis ao texto, e 12 votaram pela não procedência do projeto. A votação foi marcada por protestos da oposição e uma intensa discussão entre os parlamentares.
Polêmica envolvendo o Plano Diretor: o vereador Adilson Amadeu enviou mensagem à diretoria do Secovi-SP em que cobra uma “contrapartida” para ajudar na reeleição do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, pela proposta de revisão do Plano Diretor da cidade. O caso foi revelado pela Folha.
O vereador afirma que agiu por iniciativa própria, sem consultar Nunes. Em nota, o prefeito afirma que o que prevaleceu no projeto enviado pelo Executivo foram os estudos técnicos e as sugestões recebidas nas audiências públicas em que todos os setores foram ouvidos.
A queda de 0,8% da construção no primeiro trimestre, em relação ao trimestre anterior, reforça a preocupação da Câmara Brasileira da Indústria da Construção com a dificuldade apresentada para renovar os negócios do setor. Na avaliação da economista da entidade Ieda Vasconcelos, a taxa de juros no patamar atual de 13,75%, é o maior obstáculo.
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Techs
De proprietário a inquilino do próprio imóvel, essa é a ideia do programa desenvolvido pela proptech Rooftop. Por meio do programa InCasa, é possível vender o bem recebendo o valor dele à vista e recomprá-lo em até dois anos. O projeto tem como foco atender a famílias que enfrentam problemas financeiros ou que precisam de liquidez rápida.
O ChatGPT do imobiliário. A startup brasileira Lastro criou a Lais, uma assistente digital voltada para o mercado imobiliário. Assim como o ChatGPT, o usuário pode acessá-la de forma gratuita e realizar perguntas sobre temas ligados ao setor, como a explicação do significado de termos técnicos e o detalhamento de regras. O diferencial da plataforma é a especialização no segmento e adaptação ao mercado nacional.
Inverno não tão gelado assim para as proptechs. As startups e empresas de tecnologia vêm enfrentando dificuldades há algum tempo por conta da restrição na captação de investimentos. No entanto, especificamente no mercado imobiliário, o cenário é menos desfavorável e a quantidade de novas companhias ativas vem crescendo. Confira os números mais recentes no Imobi Report.
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Mundo
Airbnb processa Nova York por restrições de aluguel de curto prazo. A plataforma entrou com uma ação contra a cidade na última semana por causa de uma nova lei que chamou de “proibição de fato” contra aluguéis de curto prazo, que entrará em vigor em julho. De acordo com a empresa, a decisão limita o número de pessoas que podem oferecer acomodações para aluguel na cidade.
Os conselhos municipais nos EUA estão cada vez mais introduzindo decretos para regular aluguéis de curto prazo, o que, em alguns casos, exigirá que os anfitriões obtenham licenças e paguem taxas de registro ou limitem o número de aluguéis de curto prazo nos distritos comerciais.
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- Aluguel em Lisboa custa quase o triplo do salário mínimo.
Estamos de Olho
Está mais barato morar em hotel? O tiktoker Fabricio Pessoa viralizou ao garantir a seus seguidores que gasta menos morando num hotel em São Paulo do que alugando um imóvel. Em um de seus vídeos, ele afirmou que gastava, em 2022, R$ 8 mil para morar no bairro de Pinheiros. Atualmente, segundo ele, o valor desembolsado por mês é por volta de R$ 4 mil para morar em um hotel com localização semelhante.
Desde que foi promulgada a lei que regulamenta a multipropriedade, o número de empreendimentos na modalidade só aumenta. Uma pesquisa da Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil aponta que, de abril de 2022 a março de 2023, foram lançados 180 empreendimentos, em construção ou em operação, e o mercado registrou um VGV de R$ 59,9 bilhões.
A captação de recursos pela indústria de fundos de investimentos imobiliários de tijolos começa a ganhar corpo após um ciclo modesto por conta dos juros altos. Nesta retomada, os fundos de logística devem se sobressair em relação às outras categorias de imóveis.
- As mansões de Taylor Swift, que anunciou turnê no Brasil.
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