#094 Último Imobi do ano: retrospectiva de 2020
Resumo
Confira a retrospectiva 2020 do Imobi, com conteúdos que foram destaque durante o ano no mercado imobiliário e os mais acessados no portal.
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Bem amigos do Imobi Report, que ano. Chegamos à 94ª edição da nossa newsletter semanal. Multiplicamos nossos leitores em cerca de 4x. Aumentamos a frequência e a qualidade dos conteúdos no nosso portal. Lançamos uma newsletter extra, a de sexta-feira, com os conteúdos mais clicados. Inauguramos o nosso podcast, com participação da nossa equipe comentando as notícias da semana. Engrossamos nosso time de colunistas: trouxemos Elisa Tawil, Gustavo Zanotto e Denis Levati, entre outros grandes nomes para dentro do time. Tudo isso no home office, vivendo em uma pandemia mundial.
Ao listar as palavras que mais usamos neste ano, vemos quase um poema:
Começamos o ano acreditando na recuperação do mercado imobiliário brasileiro, mas logo em março veio a pandemia. O mercado de aluguel ralou para negociar os contratos, as empresas tiveram que acelerar seus processos de transformação digital (enquanto boa parte dos colaboradores trabalham de casa) e o respiro veio no terceiro trimestre. Foi nestes três meses que o mercado voltou a aquecer e que imobiliárias e incorporadoras bateram recordes de negócios.
E cá estamos na última edição do ano. Selecionamos as matérias mais acessadas do nosso portal, os tópicos mais tratados em 2020 e as últimas notas do ano. Segue o fio.
10 conteúdos mais acessados no portal Imobi
1° Nas nossas 10 matérias mais lidas, a primeira também é um top 10: incorporadoras listam tendências que devem permanecer nos imóveis no pós-pandemia.
2° Entrevistamos Henrique Blecher, CEO da Bait, para saber mais sobre o prédio que será construído no último terreno livre de frente para o mar da Avenida Atlântica, no Rio de Janeiro. 3° Na nossa terceira matéria mais lida, procuramos responder a pergunta: millennials e os imóveis, não querem ou não podem comprar?
4° Você sabe qual o verdadeiro papel do dono de uma imobiliária? Rodrigo Werneck, CEO da CUPOLA, trouxe uma reflexão sobre o assunto.
5° Este é um link bom para ter em mãos nos dias de recesso. 11 filmes e séries para corretores de imóveis consumirem.
6° Em abril, entrevistamos Luis Martini, diretor executivo de Marketing e Tecnologia da construtora Tenda, sobre o feirão online da incorporadora.
7° e 8° Com duas posições seguidas, nossa colunista Kariny Martins trata sobre Comunicação Não Violenta nos artigos: O que torna nossa comunicação violenta? e Ser empático: a melhor ‘técnica’ de vendas.
9° Em um ano de negociação, a Porto Seguro lançou um novo produto que mira o inquilino de primeira viagem, com taxa fixa de 8%.
10° Um bate papo com Marcelo Dadian, VP de Novos Negócios ZAP+ na OLX Brasil.
Imobiliárias
Quando se fala em mercado de locações, entre os assuntos que mais despertaram o interesse dos leitores do Imobi, em ano de pandemia, foi a questão da inadimplência, é claro. Em março, quando os casos de Covid-19 começaram a aumentar no mundo todo, alguns países tomaram medidas para proibir despejos, como os Estados Unidos.
No Brasil, à medida que os municípios começaram a adotar medidas de isolamento social, teve início uma primeira onda de renegociação de contratos de aluguel, com pedidos de descontos e até suspensão de pagamento. Alguns meses depois, em agosto, durante uma segunda fase de renegociação, a questão dos despejos voltou a preocupar inquilinos e proprietários.
Não foram poucos os relatos de quem estava sofrendo com as dificuldades para pagar o aluguel. Uma das histórias mais chocantes foi a do motoboy Jucelio de Sousa Lima, que foi despejado duas vezes durante a pandemia, junto com a esposa grávida e três filhos.
Como solução para evitar a inadimplência, além da renegociação, começou-se a cogitar a possibilidade de trocar o índice de reajuste do aluguel, passando do IGP-M para o IPCA, e a utilização da técnica de Comunicação Não-Violenta surgiu como apoio para imobiliárias e corretores nesse momento tão delicado.
A inadimplência, entretanto, não é exclusividade da locação, é claro. No que se refere a atraso de pagamentos de financiamentos, a consequência para o mutuário pode ser a retomada do imóvel. Com isso, pode-se abrir uma nova oportunidade para o mercado imobiliário.
A pandemia atingiu especialmente os imóveis comerciais. O mercado sentiu o impacto de tantos dias de isolamento social. Os primeiros afetados foram os pequenos comerciantes, mas até mesmo grandes empresas, como Banco do Brasil e Itaú, começaram a devolver escritórios corporativos, gerando um período de muita insegurança no mercado, principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro. E essa tendência deve continuar em 2021, não somente no Brasil, mas no mundo inteiro.
Só em novembro que a situação começou a melhorar um pouco, com o aquecimento no aluguel comercial de espaços menores e melhores resultados de locação em algumas praças, apesar de alguns setores ainda apresentarem dificuldades para se manter, como bares e restaurantes.
Neste ano, também falamos bastante sobre garantias locatícias no Imobi. Em entrevistas publicadas no portal, Jardel Cardoso, CEO da Credpago, e Flávio de Baère, Diretor Executivo da CSI Seguros, comentaram suas experiências, mostrando como o mercado está interessado em entender mais sobre o assunto. Além disso, contamos com parceiros como a Porto Seguro e a FC ANALISE Digital que oferecem garantias locatícias e análises de crédito, respectivamente, e contaram mais sobre seus serviços ao Imobi.
Incorporadoras
Do lado da incorporação, no início da pandemia houve uma onda de preocupações das construtoras com a queda no interesse de compra, o que levou a uma pauta nos lançamentos. O lockdown promovido em algumas cidades também interrompeu obras nos primeiros meses de quarentena. Uma pesquisa de abril da CBIC, por exemplo, informava que 79% das incorporadoras pretendiam cancelar ou postergar seus lançamentos.
Em resposta à crise sanitária, o Banco Central decidiu acelerar a queda da Selic, que atualmente está em 2%. Esta queda resultou em dois movimentos paralelos, mas que se convergem: investimentos mais conservadores deixaram de ser tão rentáveis, e os bancos baixaram suas taxas de financiamentos. Somado ao tempo extra que as pessoas passaram a viver dentro de suas casas (e viver menos as ruas), a compra de imóveis começou a aquecer no terceiro trimestre do ano, seja por moradia ou por investimento.
Houve, então, uma grande queima dos estoques das incorporadoras. A MRV, por exemplo, anunciou, em agosto, que a busca por seus empreendimentos havia aumentado em 50% nos três meses anteriores (maio, junho e julho).
Esta movimentação refletiu nos bons resultados das ações de empresas listadas na Bolsa de Valores. Estas que também divulgaram projeções positivas para o próximo ano. A Tecnisa pretende lançar de R$ 1,2 bi a R$ 1,5 bilhões, e a Trisul entre R$ 2,8 bi e R$ 3,2 bilhões, ambas até o final de 2021.
Mas no meio do caminho da recuperação das construtoras, havia uma pedra. E cimento. Com o aumento das reformas pequenas, promovidas pelos próprios moradores, e o aquecimento do mercado imobiliário, os insumos ficaram mais caros. Explicamos, no Imobi, o que causou esse aumento e como incorporadoras vêm lidando com esse efeito.
Para o pós-pandemia, tudo é incerto. Mas procuramos entrevistar muitas empresas e especialistas para apontar caminhos para o futuro da moradia. Produzimos um conteúdo reunindo 10 incorporadoras de diversos portes e lugares do Brasil. Além desta, trouxemos mais reportagens e entrevistas sobre algumas tendências: apartamentos sem garagem, colivings, procura por imóveis maiores e fora das áreas centrais, conceitos de saudabilidade e bem-estar na incorporação foram alguns deles.
Últimas do Ano
Além da retrospectiva do ano, a equipe do Imobi Report também publicou conteúdos exclusivos ao longo da última semana. Um deles trata do PIX, um novo sistema que permite pagamentos e transferência entre bancos, a princípio sem taxas. Nele, explicamos como o PIX pode ser utilizado no mercado imobiliário, para pagamentos de aluguel e entrada de imóvel em incorporadoras, por exemplo.
Também mostramos que a indicação de imóveis tem ganhado força, desde que o QuintoAndar lançou a plataforma IndicaAí, com o surgimento de outras ferramentas semelhantes, como o aplicativo criado pela startup catarinense Captei. Aliás, a empresa também oferece outro produto muito útil para imobiliárias, um aplicativo de agenciamento de imóveis, que permite coletar e gerenciar as informações dos imóveis mais facilmente.
Em artigo publicado no Imobi, Liana Vargas conta como aprendeu muito sobre mercado imobiliário em livros, troca de experiências, viagens e cursos, além da formação em técnico de Transações Imobiliárias. Como destaque, ela menciona um livro no qual aprendeu diversos conceitos sobre marketing de rede que aplica até hoje em sua rotina de trabalho.
Por sua vez, Elisa Tawil fala sobre os aprendizados de 2020 para o mercado imobiliário, também em artigo publicado no Imobi. Para ela, a valorização da mulher no setor foi uma das características que mais marcaram o ano.
A retrospectiva de 2020 do Imobi Report também está disponível no podcast Semana Imobi, no qual a equipe do portal comenta alguns dos conteúdos mais acessados no ano. Confira!
A equipe do Imobi Report faz uma pausa neste fim de ano. Voltamos com conteúdos inéditos para você na primeira semana de janeiro, com a próxima newsletter já no dia 5. Um excelente fim de ano para você e até logo!
Tudo certo! Continue acompanhando os nossos conteúdos.
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