Mães do mercado imobiliário comprovam que paixão pelo setor passa de geração para geração
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Mães do mercado imobiliário comprovam que paixão pelo setor passa de geração para geração

05 mai 2022
Ana Carolina Bendlin
Ana Carolina Bendlin
6 min
Mães do mercado imobiliário comprovam que paixão pelo setor passa de geração para geração

Resumo

Na semana em que celebramos o dia dessa figura tão importante em nossas vidas pessoais, trazemos 3 histórias de mães do mercado imobiliário.

Julia Dal Santo tinha apenas seis ou sete anos quando começou a acompanhar o pai no trabalho. E, quando faziam a tradicional pergunta sobre “o que ela gostaria de ser quando crescer”, a menina não titubeava: “Vou administrar a Guarida” (mesmo que nem soubesse direito o significado de “administrar”). Hoje, aos 28 anos, Julia é uma das mães do mercado imobiliário que deseja inspirar suas filhas por meio da paixão que sente pelo seu trabalho. E, quem sabe, até ver uma delas trabalhando na área também, comprovando, mais uma vez, que a paixão pelo mercado imobiliário tem grande potencial para ser passada de geração para geração. Afinal, sua filha mais velha, a Laura, de oito anos, já pede para ir trabalhar com ela, ainda que a mãe não imponha isso. 

Julia Dal Santo, Guarida Imóveis, mães do mercado imobiliário
Julia com Luiza, Marina e Laura. Crédito: arquivo pessoal

Às véspera dos Dia das Mães, a CEO da Guarida Imóveis é uma das inúmeras mães inspiradoras do mercado imobiliário e conta que as principais viradas de sua carreira profissional sempre estiveram ligadas à maternidade. “As minhas três gestações foram momentos em que eu fiz grandes viagens profundas de autoconhecimento, que acabaram repercutindo na minha vida profissional. Em cada uma delas, parece que eu estava entrando por um portal que acelerava outros aspectos da minha vida e isso acabou me transformando em uma profissional muito melhor, com um desejo de evolução constante. Acho que a maternidade te coloca frente a frente a todas as suas vulnerabilidades e aí você enxerga toda a oportunidade de evolução que você tem”, analisa. 

Na primeira gestação, que aconteceu de forma não planejada, Julia tinha apenas 19 anos, mas isso não a impediu de persistir na carreira e voltar com gás total, depois de uma licença-maternidade de quatro meses. 

“Quando eu retornei da licença, em conjunto com a empresa, a gente decidiu iniciar o processo de sucessão, que foi inteiramente planejado. Então, iniciamos um programa de trainee, no qual, em cada momento que eu finalizava uma etapa do treinamento em uma determinada área da empresa, eu apresentava um projeto de melhoria. E, aí, quando a Laura tinha mais ou menos um ano, surgiu a oportunidade de eu assumir o departamento de aluguéis, depois de apresentar um projeto bem legal, que era uma central de atendimento ao inquilino, que mudou bastante o nosso ‘pós-venda’ de locações”, relembra. 

Alguns anos mais tarde, na gravidez de Luiza, não houve uma mudança de cargo, mas de mentalidade. “Nessa época, eu fiz alguns treinamentos e consegui me posicionar de maneira diferente enquanto gestora, trazendo as pessoas certas para o lugar certo e contribuindo para aumentar absurdamente o faturamento da época”, conta. 

Já na sua terceira e última gestação, de Marina, aconteceu a principal virada de sua carreira: Julia e a direção da Guarida decidiram que era hora de colocar o projeto de sucessão em prática e torná-la CEO, cargo que ela assumiu no início de 2022, quando a pequena tinha menos de um ano – o aniversário da filha mais nova de Julia será comemorado exatamente na véspera do Dia das Mães. 

Inspiração que passa de mãe para filho no mercado imobiliário

Se, no caso de Julia, a influência para trabalhar no mercado imobiliário veio do pai – e muito provavelmente já está sendo passada para a filha Laura -, com Enéia Verdi, a situação foi inversa. Foi a diretora executiva da Verdi Imóveis que acabou levando o filho Argel para o mercado imobiliário, sendo mais um exemplo de como a paixão pelo setor costuma passar de geração para geração. 

“Comecei no mercado imobiliário como secretária de vendas em um plantão, quando me mudei para Passo Fundo. Logo depois, me tornei corretora e, cinco anos mais tarde, abri minha própria imobiliária. Nesse começo, como ele era pequeno, acabava levando ele para trabalhar comigo. Desde muito cedo, portanto, ele já estava inserido no universo do mercado imobiliário e, então, não foi nenhuma novidade para mim quando ele optou por trabalhar na área”, comenta. 

Enéia com o filho Argel. Crédito: arquivo pessoal

Hoje com 27 anos, Argel atua no mercado imobiliário em Orlando, nos Estados Unidos e é um orgulho para a mãe Enéia. “Está no DNA, ele é vendedor, gosta de trabalhar com pessoas, é bem relacionado. Temos muitas lembranças gostosas dessa vivência, de quando ele era pequeno, participando de feiras e outros eventos. Foi a forma que eu encontrei para estar mais perto dele naquela época. É claro que toda profissão tem desafios e, no mercado imobiliário, não é diferente. Mas, ao me acompanhar, ele foi percebendo a minha paixão pela minha profissão e o sabor de ver a nossa imobiliária crescendo. Então, quando ele chegou aos Estados Unidos, há três anos, para fazer um curso de inglês, ele percebeu que o mercado imobiliário de lá era muito próspero e valia a pena continuar trabalhando na área por lá também”, avalia.

Deixando um legado para o futuro no mercado imobiliário

Prestes a viver seu primeiro Dia das Mães, Andressa Gulin ainda está entendendo sua nova realidade como mãe dentro do setor, mas de uma coisa, tem certeza: quer deixar um legado no mercado imobiliário para que seu filho Daniel possa se orgulhar de suas realizações no futuro. 

Andressa e seu filho Daniel. Crédito: arquivo pessoal

“Eu amo essa ideia de trabalhar e mostrar para o meu filho o quanto eu gosto da minha profissão. E uma coisa legal de trabalhar no mercado imobiliário é que você deixa um legado, principalmente no nosso caso, que trabalha com incorporação e faz projetos muito diferentes. Então, daqui a alguns anos, eu vou passar na frente desses empreendimentos e mostrar para o meu filho que fui eu que fiz, eu participei daquele projeto. Estamos criando símbolos icônicos, não é como um produto que você usa e depois descarta”, comenta. 

Andressa, que é diretora de Estratégia e Inovação da AG7 Realty, ainda afirma que sua percepção como profissional do mercado imobiliário mudou muito depois de engravidar e se tornar mãe. 

“Desde a gestação, passei a entender ainda mais a importância do espaço para as famílias. Eu mesma tive que me mudar e comecei a prestar ainda mais atenção em alguns detalhes, área externa, área comum do prédio, iluminação do imóvel. Na AG7, a gente sempre soube que a decisão de compra de um imóvel geralmente é da mulher, mas a maternidade aflora ainda mais essa percepção. Depois de ser mãe, a gente traz essa sensibilidade para o desenvolvimento dos imóveis e também na área de vendas, porque você cria uma empatia com a necessidade real do consumidor. Acho que essa pode ser uma das explicações de porquê as mulheres se dão tão bem no mercado imobiliário”.

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