O novo escritório: mais integração e menos monitoramento
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As locações comerciais seguem em destaque na imprensa. Na semana passada, o Estadão fez uma extensa matéria, que resume o contexto vivido por inquilinos destes imóveis: “Devolver ou não escritórios, eis a questão”.
No Distrito Federal, o Banco do Brasil vai devolver 19 dos 35 edifícios que ocupa. Em São Paulo, as devoluções foram maiores que as locações, nas áreas corporativas classe A, segundo dados da Cushman & Wakefield. No Rio de Janeiro, a vacância de imóveis comerciais chegou a 3,06% em junho. Em janeiro, era de 1,01%.
Mas há quem não queira mudar de endereço. De acordo com o coordenador de Inteligência de Mercado da Cushman & Wakefield, Jadson Andrade, grandes empresas têm caixa para atravessar a crise. Para algumas delas, manter imóveis em áreas nobres está ligado à experiência que oferecem aos seus clientes, à sua própria marca.
Há outra questão: neste momento, as empresas podem optar por rescindir os contratos em busca de espaços menores e mais baratos. Mas com a retomada e reocupação dos escritórios, a dinâmica voltará a mudar. As boas práticas de saúde recomendam um espaçamento maior entre colaboradores, o que demanda escritórios maiores.
Para a JLL, os escritórios se tornarão espaços de integração, colaboração e inovação, não para “bater ponto”. Não é só uma mudança de espaço físico, é uma mudança de mentalidade, que prevê que a produção dos colaboradores não seja medida pelas horas trabalhadas, mas pelo trabalho entregue. Seria o fim do chefe “cão de guarda”.
A Housi, da Vitacon, foi uma das empresas que decretou o home office em definitivo. E desocupou seu escritório na Vila Olímpia, em São Paulo. Os funcionários podem trabalhar de casa ou nas estações de trabalho que fazem parte dos empreendimentos geridos pela marca.
As vendas de imóveis para baixa renda contribuíram para a estabilidade do setor em São Paulo. Dados do Secovi-SP apontam que 16 mil unidades residenciais foram vendidas, entre janeiro e junho deste ano, no Estado. A facilidades de financiamento e os juros baixos permitiram que os planos da casa própria para as classes C e D fossem mantidos.
A venda de loteamentos e de unidades do Minha Casa Minha Vida possibilitou a expansão dos negócios da Remax. Com destaque para o Nordeste, a rede elevou 49% o VGV comercializado, no segundo trimestre, para R$ 566,9 milhões, na comparação anual. Houve crescimento tanto no número de franqueados quanto no número de vendas.
Para ampliar seus negócios, a MRV se uniu a empresas de móveis planejados e criou um marketplace em que as marcas parceiras oferecem descontos a clientes de todo o Brasil. Assim, torna-se possível comprar apartamentos da incorporadora já mobiliados.
A realidade virtual se transformou em uma grande aliada para as vendas, com a possibilidade de demonstração de decorados de maneira mais detalhada. Com isso, empresas especializadas nesse tipo de serviço têm ganhado mais destaque durante a pandemia, como a Neorama, que é especializada em narrativas audiovisuais arquitetônicas.
Como fica a questão dos distratos em meio à pandemia? Reportagem da Folha de Londrina faz um apanhado geral sobre o assunto, principalmente em casos em que o andamento da obra tenha sido diretamente prejudicado pela Covid-19.
Os fundos imobiliários também começam a demonstrar recuperação em meio à pandemia. Mesmo em plena crise, investidores continuam a entrar nos fundos, que atingiram em junho o patamar recorde de 900 mil.
Imobiliárias
A venda e aluguel de imóveis comerciais viu queda em junho de 2,27% e 0,57%, respectivamente, segundo dados da FipeZap.
Segundo a AABIC, a vacância residencial preocupa no Estado de São Paulo. Dados da associação apontam que a vacância geral chegou a 24% em julho (antes da pandemia figurava em 18%). Destes, 70% são residenciais. E uma em cada cinco locações residenciais passou por processo de renegociação nos últimos meses.
Na Bahia, segundo dados do Creci, a quantidade de imóveis usados colocados à venda aumentou 20% desde abril.
No Paraná, o Tribunal de Justiça desenvolveu uma ferramenta digital para empresários de bares e restaurantes negociarem o aluguel. Na página do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania, empreendedores ou advogados podem demandar uma audiência conciliatória.
O QuintoAndar desembolsou cerca de R$ 50 milhões durante a pandemia em aluguéis atrasados. Com a política de garantia do aluguel para os proprietários desde 2015, já foram mais de 20 mil clientes beneficiados pela modalidade. Gabriel Braga, CEO da startup, aponta que o número é alto por conta do momento atual mas, também, pela expansão da carteira.
Com tantas renegociações, mais do que nunca, empatia e a escuta compreensiva são importantes. Kariny Martins, sócia e gerente de contas na CUPOLA, escreveu sobre o tema na sua coluna do Imobi.
O Grupo ZAP fechou uma parceria com a Nexoos, fintech de crédito, para oferecer linhas de antecipação da comissão de compra e venda de imóveis para imobiliárias. A expectativa é de que mais de R$ 100 milhões sejam antecipados para empresas até o final do ano.
Por falar no Grupo ZAP, o Conecta Imobi ON foi anunciado. O principal evento do mercado imobiliário brasileiro foi reorganizado e readaptado para funcionar no formato totalmente digital e gratuito. Nesta edição, Rodrigo Werneck, CEO da CUPOLA, palestrará pela 4ª vez consecutiva. E Michel Prado, sócio da CUPOLA e editor Imobi Report, estreará no palco digital como palestrante. O evento acontece entre os dias 31 de agosto a 4 de setembro e as inscrições estão abertas no link.
O Banco Central lançou as condições de duas novas modalidades de crédito, uma para empresas e outra para pessoas físicas. Esta segunda tem foco no crédito imobiliário e consiste na possibilidade da pessoa utilizar o mesmo imóvel como garantia em mais de uma operação de empréstimo. A notícia desagradou as fintechs, que veem risco de mais concentração bancária, ao invés de mais competição.
Os financiamentos com recursos do SBPE aumentaram 28,6% no primeiro trimestre, comparado ao mesmo período em 2019, segundo dados da Abecip.
Continua na pauta da imprensa as procuras e mudanças nos imóveis durante a quarentena, como cozinhas maiores, escritórios, jardins e bairros mais calmos e periféricos: no MSN, Estadão, Globo e El País.
A tendência de crescimento do turismo local vem se mostrado cada vez mais real. O Airbnb registrou aumento de 150% na procura por imóveis perto de grandes centros urbanos, em uma distância acessível de carro. As hospedagens mais curtas e em casas de campo estão substituindo hotéis e grandes viagens.
Apesar disso, a “família Airbnb” está em crise. O clima familiar que antes era característico na empresa deu lugar a um profundo clima de insegurança, com as demissões realizadas por causa da Covid-19.
Incorporadoras
As vendas de imóveis para baixa renda contribuíram para a estabilidade do setor em São Paulo. Dados do Secovi-SP apontam que 16 mil unidades residenciais foram vendidas, entre janeiro e junho deste ano, no Estado. A facilidades de financiamento e os juros baixos permitiram que os planos da casa própria para as classes C e D fossem mantidos.
A venda de loteamentos e de unidades do Minha Casa Minha Vida possibilitou a expansão dos negócios da Remax. Com destaque para o Nordeste, a rede elevou 49% o VGV comercializado, no segundo trimestre, para R$ 566,9 milhões, na comparação anual. Houve crescimento tanto no número de franqueados quanto no número de vendas.
Para ampliar seus negócios, a MRV se uniu a empresas de móveis planejados e criou um marketplace em que as marcas parceiras oferecem descontos a clientes de todo o Brasil. Assim, torna-se possível comprar apartamentos da incorporadora já mobiliados.
A realidade virtual se transformou em uma grande aliada para as vendas, com a possibilidade de demonstração de decorados de maneira mais detalhada. Com isso, empresas especializadas nesse tipo de serviço têm ganhado mais destaque durante a pandemia, como a Neorama, que é especializada em narrativas audiovisuais arquitetônicas.
Como fica a questão dos distratos em meio à pandemia? Reportagem da Folha de Londrina faz um apanhado geral sobre o assunto, principalmente em casos em que o andamento da obra tenha sido diretamente prejudicado pela Covid-19.
Os fundos imobiliários também começam a demonstrar recuperação em meio à pandemia. Mesmo em plena crise, investidores continuam a entrar nos fundos, que atingiram em junho o patamar recorde de 900 mil.
Techs
Dono do OLX, o grupo Adevinta deu início ao processo de fusão com o eBay, com o objetivo de criar a maior operação mundial de anúncios classificados online. A transação envolve um total de US$ 9,2 bilhões (R$ 47 bilhões) em dinheiro e ações. Com isso, o eBay receberá US$ 2,5 bilhões (R$ 12,7 bilhões) em dinheiro e se tornará o maior acionista da Adevinta, com 44% de participação. Vale lembrar que o grupo já havia anunciado a aquisição do Grupo ZAP, em março.
O crescimento do ecossistema de inovação no mercado imobiliário é o assunto de extensa reportagem publicada pela revista Você SA nesta semana. Levantamento da Terracota Ventures aponta que o número de novas empresas no segmento quase triplicou de 2017 a 2020, passando de 250 para 700. A reportagem ainda traça um panorama completo a respeito das proptechs, mas garante que a profissão de corretor de imóveis não deve desaparecer, mesmo com o aumento das startups que atuam no segmento.
Assim como as proptechs, as construtechs também estão em alta. Outro levantamento da Terracota Ventures, em parceria com a Deloitte, indica que 53% das grandes empresas do ramo de construção civil e mercado imobiliário apostam em startups para alavancar o processo de inovação dentro de seus ambientes. Há quem diga, inclusive, que as construtechs só perdem para as fintechs no mercado de inovação.
Pensando em impulsionar ainda mais esse modelo de negócio, o Sebrae lançou uma plataforma com conteúdos colaborativos sobre o papel das construtechs na construção civil. A Comunidade Sebrae Construtech terá espaço, inclusive, para envio de artigos sobre o assunto.
E, por falar em fintechs, o BTG Pactual está aumentando sua participação na CredPago, ampliando sua fatia de 20% para 49%. O banco entrou no negócio em janeiro deste ano e, agora, apenas seis meses depois, vai passar a ter participação direta na startup. Vale ficar de olho.
A Kzas acaba de lançar o programa Kzadores, um serviço de intermediação e indicações, que vai remunerar pessoas comuns que sugerirem potenciais compradores, vendedores ou interessados em financiamento imobiliário. Já a Alpop criou um sistema próprio para mensurar a probabilidade de uma pessoa dever o aluguel, podendo alugar imóveis mesmo para quem tem restrições no SPC e Serasa.
Já a Loft anunciou uma grande novidade nesta semana. A startup vai operar um novo fundo imobiliário de R$ 360 milhões na Bolsa. Desse total, R$ 100 milhões já foram investidos pela empresa. Outros R$ 200 milhões foram captados em uma oferta restrita coordenada pela XP Investimentos e pelo Itaú BBA.
O primeiro unicórnio brasileiro já tem vários filhotes no ecossistema de inovação. Em reportagem publicada nesta semana, o portal NeoFeed mostra como diversos funcionários da 99 saíram da empresa para criar suas próprias startups.
Você sabe como utilizar blockchain a favor do mercado imobiliário? Em artigo publicado na Gazeta do Povo, a consultora de transformação digital credenciada do Sebrae, Graciele Moura Cielo, apresenta alguns insights sobre como se apropriar da tecnologia para execução de contratos no ramo.
Para Lucas Madalosso, a transformação digital não pode deixar de ser humanizada. Na sua coluna no Imobi, Lucas conta sobre como o processo de transformação digital e pré-venda imobiliária devem ser acompanhados de um bom contato humano, que cria laços emocionais e oferece uma jornada de qualidade ao cliente.
Mundo
Na bolha imobiliária americana de 2008, brasileiros abastados aproveitaram o dólar em baixa para investir em imóveis na Flórida. Mais de dez anos depois, muitos perceberam o impacto dos custos que vêm junto da modalidade, com impostos, seguro, condomínio, água, luz e manutenção, e mudaram os investimentos, ainda dentro do mercado imobiliário. Neste cenário, crescem as gestoras de fundos de investimento imobiliários para brasileiros que querem investir no mercado americano.
Falando sobre os EUA, as solicitações de novas hipotecas em julho foi 19% maior que o mesmo período no último ano. E as vendas de imóveis usados cresceram 20,7% no país, segundo a Associação Nacional de Corretores de Imóveis.
Os nova iorquinos que podem arcar com os custos estão se mudando para Hamptons, para fugir da Covid-19 e ficar mais perto do mar. O valor dos imóveis nas vilas de luxo teve um salto de 25% em relação ao mesmo período em 2019. Os Hamptons já foram local de casas de veraneio, mas com a ascensão do trabalho remoto, muitas famílias estão optando pela região como sua principal casa.
Para encher os olhos: uma casa contêiner que não tem nada do que o estereótipo te propõe. Bem iluminada, clara e no meio do deserto da Califórnia, na Casa Vogue.
Estamos de olho
Há um ano, nascia o grupo “Mulheres do Imobiliário”, com o objetivo de unir, fomentar e incentivar a presença das mulheres no mercado imobiliário. Para comemorar seu primeiro aniversário, o grupo apresenta uma pesquisa inédita e exclusiva elaborada pela Behup: “A busca pelo imóvel: uma questão de gênero?”. O lançamento acontece em evento gratuito nesta quinta-feira, às 9h. Além da pesquisa, o dia tem na programação mais três painéis de debate: “a busca pelo imóvel”, “mulheres de venda e marketing” e “tendências”. Neste último, Kariny Martins, sócia da CUPOLA e colunista do Imobi Report, é uma das participantes. Para conferir, basta acessar aqui.
A Caixa ampliou a possibilidade de pausa no financiamento imobiliário para até 180 dias, para usuários das faixas 1,5, 2 e 3 do MCMV e do SBPE. Quem já optou pelos 120 dias no começo da pandemia, poderá ampliar mais 60 dias. Quem não optou ainda, poderá aderir os 180 dias corridos.
Falando sobre MCMV, o Estadão fez uma listinha de 5 regras pouco conhecidas sobre o programa. Matéria boa e didática para os corretores e imobiliárias que trabalham com a modalidade.
A organização de uma cidade é uma construção histórica. As pessoas e, portanto, o mercado imobiliário absorvem tradições e demandas geração após geração. Às vezes, nem sequer se dando conta das práticas que repetimos, que perpetuamos. Por isso mesmo, no Brasil, não é errado afirmar que as cidades reproduzem um racismo estrutural, considerando que somos um país com este histórico. Para aproximar este debate do mercado imobiliário, convidamos três mulheres para discutir como as cidades são historicamente racistas no Brasil e como podemos promover uma mudança.
O mercado financeiro também não deve ser exclusivo de uma classe mais abastada – essa é a premissa do youtuber Favelado Investidor. Em entrevista para a BBC, Murilo Nascimento Duarte conta como é explicar investimento com uma linguagem simples, para se aproximar da realidade dos brasileiros. Vale a leitura.
Tudo certo! Continue acompanhando os nossos conteúdos.
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