Compra e venda com usufruto: uma oportunidade pouco explorada no Brasil
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Compra e venda com usufruto: uma oportunidade pouco explorada no Brasil

09 ago 2024
Última atualização: 10 setembro 2024
Adilton Fernandes
Adilton Fernandes
2 min
Compra e venda com usufruto: uma oportunidade pouco explorada no Brasil

Uma oportunidade de negócio ainda pouco explorada no mercado imobiliário brasileiro é a compra e venda com usufruto. Os usufrutuários são as pessoas que possuem o direito real sobre bens de outras pessoas. Ele pode usufruir do imóvel da forma que considerar mais conveniente, podendo ocupá-lo, disponibilizá-lo para locação ou deixá-lo vago. Entretanto, não pode vender ou doar a propriedade. 

No Brasil, o mais usual é a utilização do mecanismo em planejamentos sucessórios, quando os doadores das propriedades preservam o direito de usá-la por um tempo determinado ou até falecer. Já em alguns países como Uruguai e França, é comum que idosos mantenham o usufruto de propriedades já vendidas a terceiros. A advogada e fundadora da Nu Imóvel, startup especializada na venda de imóveis com cláusula de usufruto, Liana Vargas, explica que a modalidade representa uma oportunidade, uma vez que o valor das residências é reduzido. “Essa instituição, prevista pela legislação brasileira, possibilita comercializar imóveis com preços inferiores aos de mercado”, ressalta.

A tabela de descontos da Nu Imóvel vai de 40% a 70% do valor avaliado. De acordo com Liana, os preços praticados levam em conta pesquisas sobre faixa etária média e expectativa de vida dos brasileiros. “Fazemos a avaliação do imóvel e apresentamos a tabela de descontos baseada na idade do vendedor. Quanto mais jovem, maior o desconto”, explica. 

Liana conta que nem sempre os vendedores concordam com essa redução, por isso há alguma flexibilidade. “Topamos anunciar o imóvel com valor até 20% superior à nossa avaliação. Entretanto, valores elevados nesse tipo de negócio podem não ser atrativos para compradores”, alerta. 

Embora o comprador não possa usufruir do imóvel imediatamente, ele pode contar com a valorização do bem quando ele estiver disponível. A empresária ainda destaca os benefícios aos usufrutuários, que recebem o dinheiro da venda e também podem obter renda com aluguéis. 

A tabeliã e advogada especializada em regularização de imóveis, Eliane Blaskesi, explica que, em certos casos, existe um valor afetivo atrelado ao imóvel. Nesse sentido, o usufruto possibilita fazer negócios com proprietários que tenham apego emocional ao imóvel. “A pessoa vende o imóvel, tendo a certeza de que poderá residir nele enquanto viver”, afirma.

As especialistas Liana Vargas e Eliane Blaskesi participaram da live “Usufruto: Tendência e oportunidade na venda de imóveis para investidores”, promovido pelo Imobi Report. A gravação está disponível no nosso canal no Youtube. Assista!

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